A Esclerose lateral amiotrófica – Descrita por Charcot, afeta com maior frequência o adulto entre 45 e 50 anos, particularmente do sexo masculino. Sua etiologia é desconhecida, de evolução rápida e fatal. Seus sintomas se associam à síndrome neurogênica – uma síndrome piramidal. Não há tratamento específico, previsto a morte por mudanças no período de dois a três anos. O brilhante cientista Stephen Hawking vem lutar contra essa doença.

Os estudos anatomopatológicos mostram um estudo progressivo dos motores periféricos. A maior das alterações se situa a nível da medula cervical ou do bulbo afetando também os motoneurônios dos nervos cranianos (XII e X), degeneração das Vias Piramidais Diretas e Cruzadas ao nível dos pedúnculos parte neurônios e no braço posterior da cápsula internaneurs .

Clínicas de manifestações

Clinicamente observamos uma atrofia muscular progressiva. Afetada a medula cervical, a atrofia se inicia pela extremidade distal dos membros superiores e segue evolução ascendente. Esta atrofia determina o aumento da força muscular. mão se deforma aparentemente simiesca com a mão dos macacos.

Acontecimento progressivo dos músculos inervados pelos nervos cranianos. A língua é a primeira a ser atingida, seguida pelo véu do palato laringe, faringe, músculos peri bucais e mastigadores. Esse comprometimento do neurônio bulbar causa dificuldades na deglutição e na mastigação, ou “fala mal articulada”, por causa da fraqueza da língua. Paralisia labio-glossofaríngea. Nas zonas identificadas estão presentes os reflexos tendinosos hipertônicos, exacerbados.

A forma amiotrófica é a mais comum de início braquial. A piramidal é mais discreta síndrome. Na forma progressiva que ocorre em 28% dos casos, temos uma síndrome lábio glossofaríngea, pseudobulbar – riso e choro espamódico. O acometimento secundário da musculatura dos membros superiores, e eventualmente, do tronco e dos membros inferiores é bastante frequente. A forma pseudopolineurítica, ocorre em 16% dos casos, caracteriza-se por déficit distal dos membros inferiores, seguido por uma abolição dos reflexos aquíleos.

Apesar de algumas evidências, a exotoxina não ser conhecida, sugerindo que exotoxinas, tais com glutamato, podem desempenhar papel na degeneração e morte dos neurônios motores (células do corno). Este fato tem em investigação a respeito do uso terapêutico dos antagonistas do glutamato, como riluzole e gabapentina.

Referências:

Miller RG – Conferência de consenso sobre o padrão de tratamento da esclerose lateral amiotrófica, Neurologia, 1997:48(suppl 4):s1-s7.

Bensiomon G, lacomblez L, Meininger VA – Ensaio controlado de riluzol na esclerose lateral amiotrófica. Grupo de Estudo ELA/Riluzol. N. Engl J Med. 1994;33):585-91.

Avatar de Cristina Leroy Silva

Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.